Está cada vez mais simples, rápido e prático fazer compras online. No Brasil, essa modalidade tem se popularizado consideravelmente. Por outro lado, a loja física também tem evoluído, fazendo uso de mais tecnologia no ponto de venda.
A motivação para isso está em melhorar a experiência de compra das pessoas, que hoje vivem de um jeito diferente. Por conveniência, elas prezam pela praticidade, estão mais conectadas, mais bem informadas e mais exigentes também.
Essas mudanças têm afetado os desejos e as necessidades de consumo. Portanto, isso faz com que a relação delas com as empresas não se resuma somente à compra. A experiência envolvida em todo o processo, também é responsável pela adesão a determinado produto ou loja.
Sob os impactos desses hábitos, a loja física percebeu a necessidade de buscar mais tecnologia para atender seus clientes.
Nessa realidade o termo “New Retail” (Novo Varejo) – criado pelo presidente executivo do Alibaba, Jack Ma – surge como uma proposta inovadora, revelando um pouco daquilo que promete ser o futuro do varejo físico.
Para Jack Ma, a loja do futuro não vai apenas integrar o ambiente físico com o virtual. Ela deverá criar uma sinergia plena entre estes dois mundos, incluindo uma logística que funcione, alinhada com o uso intensivo de dados. Além, claro, de uma política de negócios muito diferente do que temos visto até hoje.
A China já adota esse conceito, praticado pelo Alibaba e por outras lojas de varejo, inspiradas na ideia do New Retail. Nestas lojas, o uso intensivo da tecnologia no ponto de venda é um fator predominante para que essa transformação aconteça.
Mas, além da tecnologia, outros elementos também se fazem presentes para que essa loja do futuro se torne uma realidade.
Abaixo apontamos os pontos que entendemos ser os primeiros passos para que as lojas físicas comecem a transformar seus espaços rumo à inovação tecnológica, com base nas necessidades e anseios de um novo consumidor inserido em uma era pós-digital.
A loja física do futuro, para se tornar mais atrativa, não pode ter atrito. Portanto, ela precisa criar e manter situações que possam tornar a experiência de compra o mais agradável possível.
A seguir, citamos alguns exemplos de atritos que podem prejudicar a compra:
Tudo isso acaba induzindo o cliente a migrar para o digital, sendo uma prática que acabará se tornando um grande problema para a loja física.
Para otimizar o tempo do cliente, soluções mobile e tecnologias como self-checkout (auto pagamento) tem muito a contribuir para reduzir os atritos na hora da compra. Elas permitem que o cliente finalize a compra sozinho, com mais agilidade.
O smartphone já é considerado o principal meio de intermediação entre produtores e consumidores. Mesmo estando em lojas físicas, o acesso a estes aparelhos é constante. Isso permite que as decisões de compra sejam tomadas através de uma consulta digital, feita na palma da mão.
A experiência sensorial de ir à uma loja, tocar nos produtos, provar, e ser envolvido pela música ambiente é um dos grandes – se não o maior – diferencial competitivo de uma loja física.
As pessoas têm necessidades sociais, gostam de ver e interagir com pessoas. A loja física precisa ser um ambiente que incentive o relacionamento entre pessoas.
A experiência no ponto de venda precisa ser construída através de um atendimento diferenciado, com um sistema de iluminação agradável e com atividades sensoriais agradáveis e intuitivas como a música, os aromas, degustações, informações, e outros mais.
Muitas vezes, criar experiências singulares, implica em rever até a estrutura física da loja, digitalizando muitos de seus processos. Afinal, a loja física não pode se manter analógica se quiser competir com o digital.
O uso da realidade aumentada e de espelhos virtuais que facilitam a interação com os produtos, são ótimos exemplos dessa evolução. Por meio deles, a experiência nos provadores está se transformando em algo totalmente tecnológico e marcante.
Além de ajudar o consumidor a escolher as peças de vestuário ideais, essa tecnologia tem ajudado a enriquecer a experiência no provador, personalizando desde a playlist até a iluminação, indo ao encontro ao gosto de cada cliente.
Cada vez mais os dados dos clientes se tornam ferramentas estratégicas para as lojas físicas. Portanto, é a partir deles que se torna possível conhecer, com profundidade, cada pessoa que entra na loja, juntamente com seus hábitos de consumo.
Atualmente, já temos muita tecnologia disponível neste sentido. Por meio delas é possível saber quantas pessoas entram na loja, quais delas são clientes recorrentes, por onde passaram, quais são os produtos que mais despertam interesse, quais deles foram tirados das prateleiras, etc.
Hoje as pessoas são multiplataforma, ou seja, não existe mais aquele cliente que é do e-commerce ou aquele que é só da loja física. As pessoas transitam entre diferentes universos.
Podem pesquisar online e comprar na loja física ou, ainda, comprar online e optar por retirar na loja, receber em casa, ou em algum outro endereço da sua preferência.
Por tudo isso, a loja do futuro precisa ser Omnichannel, estando conectada a todos os canais de compra, seja por telefone, catálogo, loja virtual ou física.
O importante é que em todas essas frentes, a empresa mantenha a mesma proposta visual, fazendo com que o consumidor se identifique com a marca e busque por ela.
O varejista que souber como aplicar esses conceitos no seu negócio, selecionando a tecnologia certa para o seu ponto de venda, e acertando no momento mais oportuno para implantá-las, terá melhores resultados, além de sair na frente da concorrência.
Como resultado, ganha quem consegue melhorar a experiência do cliente, tornando o ambiente de compra mais atrativo e integrado.