Já falamos por aqui sobre os pontos de retirada de produtos comprados online. Hoje o assunto será sobre os lockers ou armários inteligentes de autoatendimento.
Para o varejo brasileiro e para os consumidores, este ainda é um termo novo, porém, nos Estados Unidos, na Europa e no Japão é um modelo de entrega bastante popular e já é utilizado há alguns anos.
Lembra dos armários escolares? Aqueles que a gente costuma ver em filmes americanos?
É isso, porém com uma estrutura muito mais moderna, voltada para empresas e consumidores.
Ao fazer uma compra online, em vez de esperar pela entrega no seu endereço, o cliente pode escolher um lugar mais próximo para retirar sua encomenda. Este local pode ser onde estão localizados os armários (lockers).
Se para o cliente o locker pode representar mais praticidade, para os e-commerce de varejo ele é sinônimo de economia.
Isso porque o custo do transporte das mercadorias acaba se tornando menor quando elas são direcionadas a pontos pré-determinados e não a endereços individuais.
Quem trabalha com venda e remessa de mercadorias sabe quantos problemas podem surgir até o produto chegar no cliente: extravio de pedido, custos altos de transporte, cliente que não está em casa, entre outros. E tudo isso acaba sendo repassado para o consumidor no preço final do produto/frete.
Com o armário inteligente a empresa envia para um lugar, dando oportunidade para que o cliente retire a qualquer horário, pois este tipo de serviço funciona 24 horas por dia, 7 dias por semana, fazendo com que o consumidor possa retirar sua mercadoria em horários que estão fora das opções de entrega dos Correios, por exemplo.
Sem contar que o custo de remessa acaba se tornando menor, já que a transportadora – ou os Correios – podem fazer várias entregas no mesmo endereço, evitando maiores deslocamentos.
Este é um ótimo negócio para quem quer disponibilizar seu endereço físico para empresas que precisam ter mais opções de entrega.
Dessa forma, empresas parceiras (lojas, farmácias, supermercados, etc), podem integrar os armários inteligentes em suas estruturas físicas.
Essa facilidade pode ajudar a vender, pois ao buscar pela sua mercadoria, o consumidor se coloca em contato com um novo ambiente de compra, podendo juntar duas necessidades em um único momento: retirar seu pacote e fazer novas compras (em supermercados, por exemplo).
Ao efetuar a compra o cliente recebe um código, que pode ser enviado por e-mail ou mensagem no celular. Quando ele for retirar sua mercadoria, ele deverá inserir este dado em um leitor disponível no armário, para autorizar a abertura.
Esta comodidade também funciona para devolução ou troca de produtos. Na logística reversa, o consumidor pode seguir os mesmos passos e usar o locker para depositar a mercadoria a ser devolvida, de acordo com a negociação e políticas de troca entre empresa e comprador.
A primeira empresa a implantar essa novidade no Brasil foi a Via Varejo, responsável pelas redes de lojas das bandeiras Casas Bahia e Pontofrio.
Ao comprarem pelo site, os clientes dessas lojas têm a opção de retirarem seus produtos em postos de combustíveis em São Paulo e no Rio de Janeiro.
Ao que tudo indica, o consumidor brasileiro gostou da novidade. Segundo o blog da GeoFusion, 31,3% das vendas online, das principais categorias das Redes Casas Bahia e Pontofrio, resultaram na retirada das mercadorias via Lockers.
A tecnologia, mais uma vez, está auxiliando as empresas a crescerem, aumentando seu faturamento e facilitando a vida do consumidor.
Implementar os pontos de retirada nos negócios é uma forma de caminhar para as tendências que estão se fortalecendo nos cenários mais inovadores para o futuro do varejo.
Muitas redes varejistas, com lojas físicas, já entenderam este modelo como uma oportunidade de oferecer diferenciais para consumidores modernos, agregando inovação em um cenário inclinado à inovação nas lojas físicas. Esta preocupação dá-se ao fato de que, cada vez mais, os compradores sairão menos de suas casas para adquirir bens de consumo.
Ótima oportunidade para os pequenos varejistas transformarem suas lojas em pontos de retirada, agregando diferenciais e mais praticidade para este novo tipo de consumidores.
E, na contramão desta transformação, estão os varejistas online, buscando por alternativas de entrega com mais agilidade, respeitando prazos e procurando reduzir custos com transporte.