Toda vez que alguém usa estes números, como 2.0 ou 3.0, você rapidamente associa a tecnologia, certo? Não está totalmente errado. Mas no caso do Varejo 4.0, significa muito mais que isso.
Por isso, não se preocupe. Se a tecnologia ainda não faz parte plenamente de sua operação e da sua gestão, não significa que você esteja defasado. A nova geração do varejo significa um upgrade em muitos outros aspectos, que vamos conhecer melhor neste artigo.
Vamos começar falando o que mais marcou cada uma das gerações.
Não há como delimitar datas para as gerações do varejo, pois elas podem ocorrer simultaneamente ou até mesmo depender do contexto econômico do país. Se você pesquisar mais a fundo, verá muitas versões diferentes para os períodos de início e fim de cada uma.
Mas o que fizemos aqui foi focar na principal característica de cada uma delas, culminando no Varejo 4.0, que abrange todas as características das anteriores. E como já dissemos, ao contrário do que se imagina, o último elemento, a grande novidade, são os serviços, e não a tecnologia (que surgiu no Varejo 3.0).
Então, vamos começar a conferir com mais detalhes cada um dos pilares?
O espaço comercial sempre teve importância. De tempos em temos ele perde relevância, mas estamos em uma fase em que ele se encontra novamente no auge.
É que agora está muito em alta a experiência do consumidor, e nada mais eficiente para despertar todos os sentidos do que a boa e velha loja física.
Quem investe nisso sai na frente com um grande diferencial competitivo. Além disso, tira proveito de compras por impulso que giram em trono de incríveis 85%!
Nada é mais estimulante para o consumo do que o ambiente da loja. Por isso, não tema o avanço da transformação digital, pois de forma alguma ela significa a morte dos pontos de venda.
Dica: invista em merchandising e comunicação visual.
Outro ponto que não tem previsão de ser substituído tão cedo pela tal transformação digital é o que diz respeito às pessoas.
Na jornada de compra do consumidor, pelo menos em algum momento, ele vai precisar sentir o elemento humano.
Não é à toa que mesmo os softwares mais automatizados precisam ao menos simular uma comunicação mais humanizada.
Todos sabem que são as pessoas que movimentam as empresas e materializam marcas. Da mesma forma, são elas que possuem a empatia necessária para se conectar aos consumidores.
Dica: invista em atração e retenção de talentos.
Agora sim chegamos ao ponto mais interessante, mas não necessariamente o mais importante, do Varejo 4.0.
Os recursos tecnológicos estão em todos os departamentos de todos os setores de todas as áreas e ramos de atuação. E para as mais diversas finalidades.
Além disso, estão cada vez mais baratos e acessíveis, e podem ser adaptados a todo tipo de realidade e necessidade.
A tecnologia veio para funcionar a seu favor, pra lhe ajudar. Por isso, não se assuste com ela! Até porque é um processo irreversível e é uma questão de tempo até que todos estejam plenamente integrados a ela.
Aliás, as novas gerações já não conseguem viver sem ela, nos dando uma dica de como será o futuro que nos aguarda: mídias sociais, smartphones e smartwatches, pagamentos eletrônicos, streamings…
Dica: aprenda com os mais jovens!
Serviços e produtos tendem a ter uma divisão cada vez mais tênue, e é esta a grande novidade do Varejo 4.0. Maior faturamento e fidelização de clientela são os fatores que mais têm impulsionado a inserção dos serviços no mundo varejista.
E note como o ciclo se fecha, pois isso também tem a ver com o primeiro tópico que abordamos lá em cima, aprimorando a experiência do consumidor através dos tópicos seguintes.
E também, de novo, a tendência está atrelada a uma nova forma de consumo dos mais jovens, que agora valorizam mais o uso do que a posse.
Nos supermercados esta novidade tem se traduzido em serviços de entrega rápida, serviços de alimentação e cursos de culinária, vinhos, artesanato, etc.
Dica: busque parcerias estratégicas para oferecer serviços.
A loja 4.0, seja um supermercado, uma farmácia ou qualquer outro comércio, é um meio de aproximar o produto e o serviço do consumidor final. Como reforçamos neste artigo, o Varejo 4.0 tem a cara da tecnologia, mas não depende exclusivamente dela.
Para você fazer parte deste mundo, basta trabalhar para que seu cliente sinta-se satisfeito com sua compra depois de ter passado pelas melhores experiências possíveis.
Não encontrar o que procura, enfrentar longas filas, não ter informações suficientes sobre o produto são problemas resolvidos facilmente por meio de recursos tecnológicos de ponta, mas com um pouco de esforço você pode encontrar outras formas de resolver os mesmos problemas.
Lembre-se que o que o cliente busca em lojas online, por exemplo, é a facilidade de comparar preços, a possibilidade de comprar a qualquer hora, o conforto de receber em casa e a praticidade na hora de pagar.
Pense conosco: você não consegue oferecer as mesmas coisas? Com a ajuda de tecnologias simples, como o ByPrice, a tarefa não é nada difícil.
Aliás, é um bom exemplo de como a tecnologia pode estar a serviço de uma experiência totalmente offline, com cartazes físicos em sua loja. Porém, sem toda a dificuldade que existia quando este trabalho era executado de forma manual.
Última dica: Crie e imprima cartazes de oferta em minutos, organize suas ofertas e tenha um poderoso sistema gerenciador de promoções em sua loja!
Quem segura esta evolução tão rápida? Pois bem, e para completar estes níveis de evolução, está se criando um novo modelo de negócios voltados para o varejo: o supermercado virtual está vindo com grande força para alimentar o desejo por consumo de pessoas no mundo todo.
A chegada da internet mudou radicalmente o mundo. Agora estamos sendo alimentados por uma “era virtual” onde tudo começa a ser virtualizado. Os primeiros supermercados virtuais foram vistos na Coréia do Sul, no ano de 2011. De lá pra cá já é comum ver estes modelos implantados em outros países. Os locais mais comuns para instalação destes supermercados virtuais são os com maior concentração de pessoas como estações de metrô, terminais de ônibus, etc. Que tal fazer suas compras enquanto espera pelo trem que vai te levar pra casa?
Basicamente, você acessa um aplicativo em seu smartphone e passa o leitor de QrCode sobre o código do produto. Pronto! Você acabou de colocar o produto em sua cesta de compras.
Estas estações de supermercado virtual são, aparentemente, gôndolas que exibem imagens dos produtos em suas prateleiras. Cada imagem têm um código que pode ser lido através do aplicativo e comprado em alguns segundos. O pagamento é feito como em lojas virtuais via cartão de crédito. Após confirmação do pagamento, o supermercado envia seus produtos até sua casa, no prazo informado.
Os consumidores adeptos à este modelo de supermercado virtual, gastam, em média, US$ 168 em cada compra, e fazem compras a cada duas semanas. Esta informação foi dita pelo co-fundador e diretor de tecnologia da PeaPod (empresa desenvolvedora do projeto), Thomas Parkinson, para a Revista Forbes, em maio de 2012, quando o volume de compras via celular ainda representava 20% das receitas da empresa. Hoje estes números certamente são maiores.
O supermercado virtual permite que as ofertas e produtos sejam organizados remotamente, ou seja, os produtos campeões de venda podem ser expostos em pontos estratégicos da gôndola, de forma rápida, por um repositor à quilômetros de distância. Ou, se preferir, pode exibir somente produtos que estão em oferta naquele dia.
E não é só isso! Imagine o consumidor podendo interagir com a gôndola e exibir produtos do seu interesse. Ao invés de se dirigir até o corredor desejado, o corredor aparece pra ele com um ou dois cliques na tela.
Como o supermercado virtual fica em pontos fixos, você leva seu “carrinho de compras” pra casa e pode conferir seu pedido quando entregarem suas compras. Além disso, pode ver quais produtos que você mais consome, fazer os cálculos de quando gasta com supermercado todos os meses, fazer comparativos de preço, receber ofertas do dia em sua caixa de entrada, etc.
Poderia dizer que não existem limites quando o assunto é evolução. Além dos supermercados, qualquer tipo de lojas varejistas poderão adotar este modelo facilmente. Imagine comprar livros virtuais, remédios, jornais, revistas, roupas, calçados, etc… Tudo de forma rápida e descomplicada.
Creio que não estamos longe de chegar a ver tudo isso acontecer. O supermercado virtual é apenas uma das coisas diferentes que já vemos hoje em dia. Não falta muito para comprarmos a quantidade desejada de um perfume, por exemplo, onde vamos pagar por duas ou três respingadas do frasco. Ou ainda vamos apontar nossos smartphones para uma loja e ver tudo que ela têm disponível para comprarmos, sem nem termos entrado nela.
É a revolução da evolução dando o ar de sua graça no cotidiano das pessoas. Caberá a nós nos adaptarmos a ela ou penarmos em filas intermináveis de bancos, caixas, trânsito, restaurantes, etc. Se tudo tem limite não sei, mas que o limite vai muito além do que imaginamos que ele vá, isso posso ter certeza.