O supermercado do futuro será um lugar projetado com base em todas as expectativas e necessidades de experiências do consumidor. Não que já não seja assim, mas a tendência é facilitar cada vez mais a vida dos clientes.
O consumidor do século XXI está atento aos mínimos sinais de inovação. Tudo o que puder tornar sua vida mais prática e a solução de problemas mais rápida está em seu radar.
É por essa razão que as coisas mudam tão rápido. É a necessidade de se adaptar aos anseios de consumidores ávidos, não mais por consumo puro e simples, mas por experiências e comodidades.
Do outro lado do balcão acontece o mesmo: como a necessidade dos clientes do varejo demanda uma atenção cada vez maior, é necessário simplificar os processos.
Em ambos os casos, é necessária uma boa dose de desapego. Mudanças causam receio, mas são necessárias para a evolução.
E a essa altura do campeonato já conseguimos definir para onde a evolução está nos levando. E é dessa forma que já conseguimos vislumbrar como será o supermercado do futuro.
Você já está se preparando?
Os hábitos de consumo já passaram por muitas transformações, e até agora nós estávamos sempre um passo atrás, acompanhando, seguindo cada passo. Agora é diferente.
As compras online e os aplicativos de entrega nos colocaram em outra posição. Precisamos correr à frente para não sermos atropelados por eles!
Pense bem: tem gente que já nem sai mais de casa para comprar. É possível conseguir tudo ao alcance de um clique, de roupas a remédios, de comida a livros.
Mas engana-se quem pensa que o “pulo do gato” destes serviços é a comodidade. Na verdade, o que eles têm de diferencial está ao alcance de todos: um tratamento personalizado.
Serviços rápidos, produtos de qualidade e um atendimento atencioso, sem falhas, são os fatores que os consumidores realmente buscam. E eles não vão abandonar você se você conseguir oferecer tudo isso!
O supermercado do futuro precisará focar na personalização, na praticidade e em serviços complementares. Para sobreviver no setor supermercadista, os varejistas precisarão ter uma mentalidade disruptiva.
Disrupção é sinônimo de inovação contínua nos processos
Quando falamos em futuro, pensamos em aplicativos, robôs , câmeras… Mas, na verdade, deveríamos estar pensando em formas bem mais simples e acessíveis de investir na cultura digital.
Estudos mostram que empresas que utilizam processos digitais têm 5 vezes mais chances de atingirem seus objetivos. Estas pesquisas não consideram tendências e nem grandes investimentos em tecnologia, e sim a melhoria de processos antigos.
Sensores de cobrança automática, fim das filas, espaços gastronômicos, automatização das impressões. Essas são algumas das características do supermercado do futuro.
Elas chegam aos poucos para facilitar os processos, mas inicialmente demandam uma atenção maior, pois é necessário primeiro capacitar.
Consumir e compartilhar conhecimento será o fator fundamental do supermercado do futuro.
Mas claro que conhecimento não é uma grande vantagem se não for aplicado. Por isso pesquisamos e resumimos para você três formas de começar a aplicar o que se aprendeu até agora sobre o supermercado do futuro!
A jornada do consumidor de hoje começa pela internet. E perde quem não estiver, de alguma forma, presente nesse meio.
Uma das formas mais utilizadas pelos clientes de um supermercado ou loja é buscar opiniões, avaliações e informações complementares sobre determinado produto.
Se for um molho, por exemplo, ele vai buscar por receitas, origem dos ingredientes ou informações nutricionais.
Listas de compras online também são uma tendência crescente, que podem forçar os supermercados a, além de manterem produtos disponíveis em gôndolas, aprimorarem suas logísticas de entregas. Isso, aliás, nos leva ao segundo ponto.
A exemplo de gigantes do varejo, os supermercados também funcionarão como centros de distribuição.
Eles contarão com estruturas que funcionarão quase como linhas de produção, que irão conter a separação dos produtos, expedição e entrega.
E isso tudo será realmente necessário? Sim, se você considerar que o cliente não ficará satisfeito com entregas que demorem mais de 30 minutos.
Além disso, esta modalidade, segundo especialistas, será dominante no mercado, responsável por até 60% do faturamento das empresas.
Nem sempre a revolução digital tem a ver com tecnologia. Às vezes a variedade de serviços é o que conta para atrair clientes.
Nesse cenário, não deixa de ser uma espécie de integração unir o varejo tradicional à gastronomia, coisa que muitos supermercados já vem oferecendo.
A diferença é que no futuro a ideia é oferecer os próprios produtos para consumo imediato! Isso pode ser feito em restaurantes anexos ou na venda de refeições semiprontas com ingredientes frescos.
O Brasil já é reconhecido internacionalmente pela qualidade de vegetais e pela forma como são comercializados, contando com uma eficiente rede de parcerias e distribuição.
Provavelmente sairemos na frente neste quesito, com o consumidor perdendo o receio de consumir alimentos fora de casa quando quer uma opção saudável sem abrir mão da praticidade.
Algumas redes varejistas como o Walmart já utilizam robôs para a realização de tarefas repetitivas e para o transporte de mercadorias pelo armazém. Ou seja: o supermercado do futuro já é realidade no presente!
E ninguém fala em risco de desemprego em função destas mudanças, pois elas afetarão apenas quem não quiser se adaptar. Ao contrário do que se pensa, os empregos não serão extintos, mas repensados, e funcionários serão realocados para executarem novas funções.
Outro receio diz respeito ao aprendizado de novas tecnologias. Entidades como o Sebrae e o Senac estão preparadas para ajudar varejistas de qualquer porte nas mudanças necessárias para a transformação.
E quanto ao aprendizado prático, principalmente no uso de novas tecnologias? Nada mais fácil de resolver. Ferramentas que facilitam processos possuem vídeos explicativos, tutoriais e um suporte para tirar qualquer tipo de dúvida.
É o caso, por exemplo, do ByPrice, o melhor sistema para criação e impressão de cartazes de oferta. Como ele, você cria e imprime cartazes de oferta em minutos, utilizando um sistema 100% online.
Já perdeu seu medo? Então que tal começar a a transformação do seu negócio por aqui?
Há quem diga que ser saboroso é o atributo que mais importa em uma refeição. Há pessoas que afirmam ser a praticidade, enquanto que para outras é a saudabilidade que mais conta nas escolhas alimentares.
Para além do gosto de cada um, a verdade é que hoje todos estes atributos têm um peso importante na decisão de compra de alimentos no supermercado.
Mais do que o preço, as pessoas têm buscado uma melhor qualidade de vida.
A frase “somos aquilo que comemos” nunca fez tanto sentido na vida dos brasileiros, mostrando que, além de conhecida, a premissa é também verdadeira.
Diversas doenças têm sido associadas à má alimentação fazendo com que as pessoas fiquem mais atentas ao que colocam no prato.
Preocupadas com a saúde, 27% das famílias brasileiras mudaram a alimentação no último ano.
Nesta onda, pouca gente duvida da estreita ligação que a dieta de cada dia tem com a saúde. E essas boas escolhas já começam no mercado, na hora da compra.
Assim, boa parte da população tem optado por colocar no carrinho mais produtos frescos e menos alimentos processados.
Além disso, é visível também a redução no consumo de carne vermelha e a substituição de alguns itens, vistos como vilões para uma dieta saudável. É o caso do açúcar refinado que vem sendo substituído pelo demerara. Outra troca bem visível são os refrigerantes, que vem sendo trocados pelos sucos de fruta.
Com a intenção de levar mais saúde para o prato, a população tem aumentado também o consumo de frutas, legumes e verduras.
Desde 2014, a ABRAS (Associação Brasileira de Supermercados) tem acompanhado esses dados. Em 2017, a participação nas vendas deste tipo de produto cresceu de 6,1% para 9,1%.
No entanto, a vida agitada ainda pode ser vista como um obstáculo para o preparo desses alimentos. Nem todo mundo tem paciência e tempo para higienizar, cortar e aguardar o tempo necessário para o cozimento destes alimentos.
Pensando nisso, novas oportunidades se abrem quando os supermercados passam a oferecer frutas, legumes e verduras em embalagens prontas para consumo, já cortados e higienizados.
Além, é claro, de um mix mais variado destes itens, com opções de alimentos saudáveis e congelados.
Estes produtos estão sendo muito procurados atualmente. Muito disso se deve às escolhas alimentares da população, que têm priorizado a alimentação saudável. Visto que essa é uma tendência que cresce em todo o mundo.
Além do mix de produtos, a própria organização das gôndolas precisa ser adaptada para atender bem as novas escolhas alimentares dos brasileiros.
Um bom exemplo disso é o hortifruti. Até hoje, esta seção é tipicamente localizada nas extremidades dos supermercados, pois o consumidor já sabe disso.
Manter a alimentação saudável ainda é uma luta para muitos consumidores. Por isso, muitos deles evitam corredores onde os biscoitos, chocolates, lanches e outros alimentos processados tendem a se concentrar.
Um estudo desenvolvido por Scott Huettel, professor de psicologia e neurociência da Duke, reafirma essa tese.
Segundo ele, as pessoas, ao verem um alimento saudável e um alimento não saudável, tendem a escolher o alimento indulgente. Mas, se você adicionar mais alimentos não saudáveis nesse conjunto, parece que, de repente, a comida saudável se destaca.
A pesquisa constatou que a escolha do comprador é influenciada pela disposição e o tipo de produto que o comprador enxerga lado a lado na gôndola. E a razão para isso pode estar no visual.
Hoje em dia, os alimentos saudáveis e os não saudáveis estão bem separados.
Se estivessem mais próximos, e o alimento saudável conseguisse competir pela atenção do comprador, haveria mais chances dele ser posto no carrinho. Foi o que aconteceu na pesquisa.
Quando as pessoas olhavam para uma ilha cheia de brócolis e repolhos, elas ficavam menos encorajadas para escolhê-los. Já quando um um salmão foi colocado em meio a uma prateleira de biscoitos, ele se destacou visualmente para elas.
Ficar atendo às novas tendências nas escolhas alimentares da população é uma oportunidade imensa para o supermercadista. Sobretudo para que ele possa avaliar e ampliar o sortimento do seu estabelecimento.
Nessa dinâmica, mais do que nunca, é preciso entregar ao cliente aquilo que ele procura no supermercado. E acima disso, manter um relacionamento mais humanizado com as pessoas. Tudo para que elas percebam que estão sendo bem cuidadas enquanto fazem suas compras, independente das preferências que tiverem.